Resumo

A concussão em atletas tem vindo a registar um aumento de incidência nas últimas décadas, podendo ser responsável pelo surgimento de alterações vestibulares que afetam negativamente a performance do atleta bem como o tempo de retorno à prática desportiva.

A presença de sintomas como tonturas, alteração do equilíbrio, alterações na visão e náuseas podem ser indicadores de disfunção vestibular. As disfunções vestibulares identificadas como mais comuns são: a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), o comprometimento do reflexo vestíbulo-ocular (RVO), a sensibilidade visual ao movimento (SVM) e alterações do controlo postural.

A reabilitação vestibular (RV) é considerada a abordagem mais efetiva para dar resposta a estas disfunções e diminuir o tempo de retorno ao desporto, intervindo através de manobras de reposicionamento canalítico, exercícios de estabilização do olhar, adaptação, habituação, substituição e exercícios de marcha e controlo postural.

Contudo, mais estudos são necessários de modo a se aferir com maior precisão a efetividade da RV nas concussões desportivas.