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ARTIGO

NÍVEIS DE FORÇA DA COXA APÓS LIGAMENTOPLASTIA AO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: REFLEXÃO QUANTO À MODALIDADE DESPORTIVA

RFD Nº07

NÍVEIS DE FORÇA DA COXA APÓS LIGAMENTOPLASTIA AO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: REFLEXÃO QUANTO À MODALIDADE DESPORTIVA

 

 

 

Prof. Doutor Nuno Cordeiro

 

Professor Coordenador na Área Científica de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Instituto Politécnico de Castelo Branco

A recuperação do nível de força dos músculos com influência na articulação do joelho para níveis normais após a lesão no joelho é um dos objetivos mais importantes e primários do processo de fisioterapia que se segue à lesão, sendo um fator essencial para a completa retoma da atividade desportiva após lesão.1

O método clássico para avaliar estes níveis de força é a obtenção do valor do pico máximo de força obtido na extensão e flexão do joelho, medido por um dinamômetro isocinético, o que permite, para além do conhecimento da capacidade de força do desportista operado, a monitorização da função neuromuscular ao longo de todo o protocolo de reabilitação.2 Contudo, a evidência mostra que, mesmo havendo o objetivo claro de recuperar o mais possível o nível de força destes desportistas no programa de recuperação, a fraqueza dessa musculatura poderá permanecer por meses ou até mesmo anos.3

O pico máximo de força corresponde ao valor de força máxima que o sujeito realiza durante a amplitude de movimento do joelho, habitualmente entre os 0 e os 90 graus.4,5 Obter este valor não é difícil e, apesar de obrigar ao respeito das diferentes fases de recuperação da cirurgia, este valor máximo pode ser obtido de modo seriado, o que permite a monitorização da força ao longo do processo de recuperação. Contudo, a monitorização completa da força necessita de comparação com valores obtidos na melhor performance do desportista, a qual muitas vezes é desconhecida por não existirem indicadores na pré-lesão. Não são muitos os atletas que se submetem regularmente à monitorização desta condição como rotina, pelo que é frequente não haver valores para comparação antes e depois da lesão ou cirurgia. A alternativa encontrada passa pela comparação dos níveis de força com os obtidos no lado contralateral (apesar da hemi-dominância) ou pelo cálculo do rácio entre os valores obtidos na avaliação dos músculos isquiotibiais e do músculo quadricípite.6

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