Select Page

ARTIGO

O grau de Cinesiofobia na Tomada de Dedisão em Fisioterapia Desportiva

RFD Nº04

O GRAU DE CINESIOFOBIA NA TOMADA DE DECISÃO EM FISIOTERAPIA DESPORTIVA

 
Prof. Doutor Nuno Cordeiro

Instituto Politécnico de Castelo Branco – Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

 

A fisioterapia é a profissão da saúde que se centra na análise do movimento corporal, compreendendo tanto as suas capacidades como as disfunções. Um fisioterapeuta tem em si a responsabilidade profissional de entender o sistema do movimento humano e promover a melhor interação entre o homem e o conceito de saúde positiva, que enquadra o utente num completo bem-estar físico, psíquico e social. No contexto particular do fisioterapeuta que atua em desporto, esse bem-estar compreende ainda no utente elevada performance física e a interação do homem com a sua superação. Quando num contexto destes ocorre uma lesão, essa interação fica comprometida, sendo o objetivo da recuperação o voltar ao nível pré-lesão e por norma o mais rapidamente possível.

A lesão expressa-se de forma diferente de desportista para desportista e essas diferenças têm impacto na capacidade de resposta de cada sujeito à lesão ocorrida1, cada uma com correspondência somato-sensorial diferente entre indivíduos, gerando impactos diferentes de pessoa para pessoa.2

Para o efeito, consideremos, por exemplo, a rotura do ligamento cruzado anterior (LCA). Sempre que se rompe um ligamento, o raciocínio a efetuar deverá de ser
que na realidade rompem-se dois, o LCA no joelho e outro nas suas áreas de representação somato-sensorial do sistema nervoso central (SNC).3 Sendo esta uma lesão grave, limitadora da função articular por muito tempo, e motivo usual de cirurgia ortopédica, para além da sensação física decorrente da lesão vivida pelo atleta, é de esperar também alterações nos diferentes níveis, afetando a área de representação somatosensorial e de representação sensório-motora do SNC. Ambos os ligamentos perderam a sua consistência estrutural, ambos foram substituídos cirurgicamente e ambos necessitam de ser reintegrados.

Conteúdo exclusivo para subscritores

Se ainda não subscreveu a RFD, aproveite agora

Já é subscritor? Inicie Sessão