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ARTIGO

INDÍCIOS DE OVERTRAINING SYNDROME EM ATLETAS: A SINTOMATOLOGIA PSICOFISIOLÓGICA

RFD Nº14

INDÍCIOS DE OVERTRAINING SYNDROME EM ATLETAS:

A SINTOMATOLOGIA PSICOFISIOLÓGICA

Filipe Maia1 · Cátia Saavedra2

1Estudante Doutoramento e Investigador · CIDESD, Universidade da Maia · 2Fisioterapeuta · Sausport, S. Mamede de Infesta

RESUMO

A exigência do desporto competitivo pode levar os atletas a níveis exaustivos de fadiga física e mental. Estados frequentes de fadiga agravada podem levar ao surgimento da síndrome de overtraining. Através da revisão de literatura, este estudo apresenta os principais sintomas psicofisiológicos associados a esta síndrome. Para mitigar os efeitos e o surgimento desta problemática no desporto, equipas técnicas devem procurar comunicar, educar e sensibilizar os seus membros e os seus atletas. Por fim, a utilização de instrumentos de avaliação validadas de sintomatologia associada à síndrome de overtraining podem representar uma ferramenta útil e pouco dispendiosa para a sua deteção e mitigação.

ABSTRACT

The demanding nature of competitive sports can lead athletes to exhausting levels of physical and mental fatigue. Frequent states of severe fatigue can lead to the emergence of the overtraining syndrome. Through literature review, this study aims to present the main psychophysiological symptoms associated with this syndrome. To mitigate the effects and emergence of this issue in sport, technical staffs should seek to effectively communicate, educate and raise awareness among their members and their athletes. Finally, the use of validated analysis grids of symptoms associated with overtraining syndrome may represent a useful and inexpensive tool for its detection and mitigation.

INTRODUÇÃO

O principal objetivo do processo de treino é elevar a performance desportiva. Para tal, é necessária a aplicação de uma dose de carga adequada, seguida de um período de recuperação (princípio da supercompensação (A)).1 As respostas ao treino podem ser categorizadas de três formas distintas: (B) adaptação positiva – overreaching funcional; (D) não adaptação; e (C) mal adaptação – overreaching não funcional (fig 1). No entanto, o desporto de alta competição tem vindo a tornar-se cada vez mais exigente: por um lado, a intensidade a que as competições são disputadas nunca foi tão elevada; por outro, o número de eventos competitivos (densidade competitiva) é também cada vez maior.2,3 Assim, a combinação destes fatores conduz a mais frequentes e severos estados de fadiga por parte dos atletas.4

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