ARTIGO
O EQUILÍBRIO DINÂMICO MUSCULAR DO JOELHO EM FUNÇÃO DO AUMENTO DA VELOCIDADE ANGULAR ISOCINÉTICA – QUAL A SUA PREPONDERÂNCIA NA PREVISÃO DE LESÕES DESPORTIVAS?
RFD Nº13
O EQUILÍBRIO DINÂMICO MUSCULAR DO JOELHO EM FUNÇÃO DO AUMENTO DA VELOCIDADE ANGULAR ISOCINÉTICA
QUAL A SUA PREPONDERÂNCIA NA PREVISÃO DE LESÕES DESPORTIVAS?
Miguel Sousa Albuquerque · Carina Leitão · Nuno Cordeiro
1Fisioterapeuta Licenciado na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias Instituto Politécnico – Castelo Branco
2Professor Doutor Coordenador na Área Científica de Fisioterapia na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias Instituto Politécnico – Castelo Branco
RESUMO
Introdução: A articulação do joelho é sujeita a forças e momentos de alta intensidade no decorrer de diversas atividades. A sua capacidade de permanecer estável, quando submetido a rápidas variações de carga articular durante o movimento é designada de estabilidade dinâmica.1 A avaliação isocinética quantifica de forma objetiva essa mesma estabilidade por quantificar com alto gau de confiança, importantes parâmetros de força, com o intuito de identificar, de forma precisa, défices de força.2,3
Objetivos: A avaliação do impacto do aumento da velocidade angular isocinética, na razão funcional Hamstrings/Quadríceps (Rfunc H/Q), aumento esse aplicado a ação excêntrica da musculatura flexora do complexo articular do joelho. De forma mais específica, pretendeu-se a identificação de participantes propícios a sofrer lesões musculares.
Materiais e Métodos: A amostra consistiu na inclusão de 28 participantes, constituindo o grupo de controlo (distribuídos por dois subgrupos).
Adicionalmente foi considerado um grupo de estudos de caso, consistindo numa amostra de 4 participantes treinados. Todos os participantes foram avaliados por dinamometria isocinética, pelo Biodex System 3 Pro®. O protocolo de teste consistiu em duas componentes principais, avaliação concêntrica da musculatura extensora do joelho a 600/s e avaliação excêntrica da musculatura flexora do joelho a 60º/s, 180º/s e a 300º/s.
Resultados: Na análise do grupo de controlo verificou-se uma tendência de decréscimo da Rfunc H/Q, à medida da elevação da velocidade angular isocinética. Já no grupo de estudos de caso, essa mesma tendência foi verificada em 75% dos indivíduos.
Conclusões: Os resultados obtidos neste estudo, não permitem identificar um padrão normativo de variação da Rfunc H/Q, em função do aumento da velocidade angular isocinética. Este estudo revela-se inconclusivo, no que concerne, à predição de lesões musculares pela utilização da Rfunc H/Q.