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ARTIGO

Boas Práticas na Assistência Médica ao Jogador de Rugby:
Recomendações do Departamento Médico da Federação Portuguesa de Rugby

RFD Nº10

BOAS PRÁTICAS NA ASSISTÊNCIA MÉDICA AO JOGADOR DE RUGBY:

RECOMENDAÇÕES DO DEPARTAMENTO MÉDICO DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE RUGBY


António Miguel da Cruz-Ferreira1,2,3 · José Carlos Rodrigues4 · Jan Pieter Jacques4 · Alexandra León3 · Ana Maria Ribeiro e Reis3

1Assistente Convidado · Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra;
2Médico na Federação Portuguesa de Rugby
3Médico(a) na USF Norton de Matos
4Fisioterapeuta na Federação Portuguesa de Rugby

RESUMO

A assistência ao praticante desportivo é um tema central nos fóruns da medicina e fisioterapia desportiva. No rugby, as formações diferenciadas que a World Rugby promove e os cadernos de encargos médicos para a organização de eventos nacionais e internacionais, são disso exemplo. Neste documento apresentamos elementos-chave para a prestação de um apoio médico de qualidade. São abordadas a estrutura e qualificação dos profissionais responsáveis pela prestação dos cuidados, nas estruturas físicas e recursos materiais a disponibilizar, bem como na organização e atuação durante o apoio médico em campo.

ABSTRACT

Pitch-side and continuous care of sportsmen are core topics in sports medicine and physiotherapy forums. In rugby, World Rugby promotes specific training and minimum medical standards for medical care in rugby. In this document we present what we believe are the key elements for the provision of quality medical support in rugby. We address issues related to the structure and qualification of the professionals, the physical structures and material resources to be made available, as well as the organization and delivery of pitch-side care.

INTRODUÇÃO

O estabelecimento de protocolos e de padrões mínimos para as competições que visem a salvaguarda dos atletas no que diz respeito à área médica é fundamental para a criação de um ambiente seguro e atrativo na modalidade.

Em todas as modalidades há esse cuidado e no rugby, naturalmente, a definição desses critérios mínimos é um imperativo. Os clubes e suas equipas médicas são responsáveis pelo cuidado médico prestado aos seus jogadores, bem como a garantia do seu bem-estar. Compete aos clubes criar todas as condições no seu recinto (instalações médicas), ou durante as deslocações, para a sua equipa médica poder garantir com qualidade a assistência aos seus atletas. Devem, também, os clubes zelar pelo cumprimento escrupuloso das linhas orientadoras e recomendações da área médica do bem-estar do jogador emanadas pela Federação Portuguesa de Rugby, mas também pela Rugby Europe e World Rugby.1 Aos profissionais, compete manterem-se atualizados e guiarem a sua prática pela melhor evidência disponível.

Neste documento procuramos detalhar o que se pode considerar de critérios mínimos para um auxílio médico no contexto do rugby. Aborda-se, ainda, a atualização do protocolo de gestão da concussão proposto pela World Rugby2, bem como algumas orientações para a organização dos departamentos médicos, formação dos profissionais e materiais disponíveis para o exercício das suas funções, visando a garantia do bem-estar e da segurança dos agentes.

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