INOVAÇÃO
APRESENTAÇÃO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS EM ECOGRAFIA MUSCULOESQUELÉTICA PARA FISIOTERAPEUTAS
RFD Nº15
APRESENTAÇÃO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS EM ECOGRAFIA MUSCULOESQUELÉTICA PARA FISIOTERAPEUTAS
José Pedro Leite1 · Mariana Oliveira Gomes2
1Presidente da SOCIFIN-PT | Coordenador MVClinic da Pós-Graduação em Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Porto
2Vice-Secretária da SOCIFIN-PT
A ecografia musculosquelética é uma área em constante avanço e crescimento, cada vez mais importante na prática clínica diária, tanto no diagnóstico como no posterior tratamento por parte dos profissionais de saúde (radiologistas, ginecologistas, especialistas em medicina desportiva, reumatologistas, podologistas, enfermeiros, anestesistas, fisioterapeutas, entre outros).1-4 Dependendo da informação necessária e dos objetivos, o uso da ecografia difere entre os profissionais. Do ponto de vista da fisioterapia, a ecografia é uma ferramenta que proporciona um estudo objetivo, dinâmico, rápido, eficaz, inócuo, em tempo real e comparativo do tecido musculosquelético, conferindo-lhe utilidade do ponto de vista académico, clínico e científico.2, 5, 6
Apesar da ecografia musculosquelética já ser utilizada pelo coletivo médico desde 1950, a sua aplicação na fisioterapia começou nos anos oitenta com os trabalhos do Dr. Archie Young, físico da universidade de Oxford, que contava com fisioterapeutas na sua equipa de investigação.7
Em 1988 Wayne W. Gibbon 4 afirmou que “parece lógico que a ecografia deva ser realizada por um radiologista com experiência clínica adequada (…) ou por um clínico/fisioterapeuta com a formação apropriada e experiência clínica em ecografia” e que “os equipamentos de ecografia musculosquelética estão a ser desenvolvidos atualmente para as áreas da reumatologia, medicina desportiva e, possivelmente, para a fisioterapia”.