ARTIGO DE OPINIÃO
As Técnicas Articulares no Desportista de Alto Rendimento
RFD Nº03
AS TÉCNICAS ARTICULARES NO
DESPORTISTA DE ALTO RENDIMENTO
Fisioterapeuta
1Fisioterapeuta. Estrasburgo; 2Fisioterapeuta e Osteopata. Bruxelas.
É um dado adquirido, há vários anos, que as grandes equipas profissionais de futebol, de ciclismo ou de basquetebol têm na sua equipa médica um fisioterapeuta ou osteopata. Atualmente, a tendência é a mesma para cada grande atleta que tem o seu treinador, o seu preparador físico ou o seu osteopata/fisioterapeuta. Então, qual pode ser o interesse?
A definição clássica de Osteopatia explica-nos que o seu principal objetivo é manter a saúde do corpo para permitir que funcione em ótimas condições. As técnicas estruturais, normalmente apelidadas de manipulações, ou thrust, tanto ao nível da coluna vertebral ou das articulações periféricas, fazem parte de um leque de várias técnicas terapêuticas. Contribuem para uma normalização terapêutica na fase aguda ou a nível preventivo. E quando são estas necessárias para os atletas de alto rendimento ou para os atletas do dia-a-dia?
O corpo dum atleta de alto rendimento pode ser comparado a um carro de Fórmula 1. Apresenta uma mecânica potente, precisa, capaz de absorver imensos choques, mas apresenta uma certa fragilidade. Como podemos ver neste desporto automóvel tão exigente, o carro está em constante ajustamento/arranjo, através dos melhores engenheiros da área. O objetivo é a busca da ótima função do ponto de vista da performance e da fiabilidade. A mesma coisa é verdade no corpo dum atleta de alto rendimento, sendo necessário ajustá-lo regularmente para que ele possa confiar no seu corpo e funcionar nas melhores condições. A normalização articular permitirá o equilíbrio mecânico (propriocetivo) e fisiológico. Este equilíbrio assegura uma melhor performance e ausência de lesões através da diminuição das compensações.