EDITORIAL
FT. NUNO ARNAUT POMBEIRO
Linha Única
Um dos acontecimentos desportivos marcantes do presente ano foram os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que se disputaram de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. A participação portuguesa cifrou-se em quatro medalhas olímpicas, resultado do mérito e esforço inequívoco dos atletas envolvidos e seguramente das equipas técnicas que os acompanharam e apoiaram. É, pois, com orgulho que felicito estes atletas, bem como os demais participantes nesta competição, incluindo os fisioterapeutas envolvidos no processo de preparação e recuperação física destes desportistas.
Atualmente é indiscutível a importância que a fisioterapia tem na área do desporto, sendo que a grande maioria das competições desportivas contam também com a participação de fisioterapeutas, cuja formação e conhecimento específico tem já um lugar reservado.
Nesta edição destaco as entrevistas concedidas pelo fisioterapeuta Nuno Morais e pelo seu filho e atleta Frederico Morais ou Kikas como é geralmente apelidado. À data das mesmas, o Kikas ainda não sabia que a sua participação nos Jogos Olímpicos estava comprometida por ter contraído a COVID-19, facto que lamento, pois foi uma ausência de peso. Não obstante, o “espírito batalhador e a determinação” (sic) que corre no sangue desta família, falará mais alto e estou certo que muitas outras conquistas e sucessos se seguirão.
Neste contexto, sublinho os momentos de vida partilhados em entrevista pelo fisioterapeuta Nuno Morais e toda a sua paixão pelo desporto, sobretudo o râguebi e dedicação à sua profissão e à família. Não se fazem grandes atletas sem uma boa base de apoio, técnica e familiar. E nesse aspeto o Kikas tem seguramente o pleno!
Por outro lado, congratulam-se os organizadores do Congresso de Fisioterapia, que decorrerá em novembro próximo, em formato online, acessível a todos os fisioterapeutas, pelo esforço e perseverança que permitiu a realização do evento presencial (com um número reduzido de possíveis participantes, devido à situação pandémica), a acontecer na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, que possibilita o debate e troca de ideias, numa altura tão importante como a atual, após a aprovação da nossa Ordem e início da implementação da mesma.
Gostaria também de realçar os contributos desta “nova geração” para o desenvolvimento e partilha de conhecimento no âmbito da nossa profissão, que tem contribuído de forma assídua com conteúdos relevantes e pertinentes, essenciais para a contínua evolução a nível de qualidade da RFD.