EDITORIAL
FT. NUNO ARNAUT POMBEIRO
Linha Única
Havia escrito a primeira versão deste editorial de modo a salientar (e celebrar) o assunto principal da entrevista deste mês, a publicação em Diário da República do “Regulamento do Ato do Fisioterapeuta”.
Entre esse momento e a publicação deste número, aconteceu algo muito preocupante, que me obrigou a refazer o editorial num tom de revolta, onde gostaria de sublinhar a importância de, uma vez mais, nos unirmos como classe.
O Governo apresentou à Assembleia da República, a proposta de alteração do “Estatuto da Ordem dos Fisioterapeutas”, que contou com os contributos da nossa Ordem para este processo.
A proposta apresentada não reconhece a especificidade da intervenção dos fisioterapeutas, o que quer dizer que, para além de não consagrar os atos próprios dos fisioterapeutas, estes podem ser executados por pessoas não inscritas na Ordem dos Fisioterapeutas, por outras palavras, por qualquer pessoa, mesmo não sendo fisioterapeuta.
Tais factos colocam em risco os cidadãos que usufruem de cuidados de Fisioterapia, como desregulam a nossa profissão.
A Ordem terá audiências com os vários grupos parlamentares e outros órgãos, para tentar evitar esta situação. Por seu turno, nós, fisioterapeutas, devemos continuar a dignificar a nossa profissão e tornar pública a defesa da Fisioterapia como uma profissão regulada e com os seus atos próprios devidamente reconhecidos.
Aguardemos… sempre esperançosos e de cabeça erguida.