ARTIGO

A observação do site (www.apfisio.pt) permite verificar que a APFISIO não deixa dúvida que “trabalha diariamente com objetivo de defender os interesses dos seus associados”, mas também se preocupa com o bem-estar do público em geral e com os cuidados e boa informação sobre a COVID-19. O dinamismo da APFISIO é demonstrado pela enorme produção de conteúdos e de formações dos onze Grupos de Interesse, todos com link próprio: pediatria, cuidados continuados e cuidados paliativos, hidroterapia, cardiorrespiratório, pessoas com amputação, musculosquelética, saúde da mulher, neurologia, desporto, envelhecimento e movimento jovem na fisioterapia.

A COVID-19 merece realce no site da APFISIO, com secção própria cheia de informação útil para o fisioterapeuta e para a população em geral, e “recomenda o máximo de cuidado na seleção das fontes de informação dada a quantidade de notícias falsas que circulam”. A quantidade de informação é enorme, muito dinâmica, com perguntas e repostas, fórum e conteúdos produzidos pelas secções da APFISIO. Às pessoas com COVID-19 explica-se a gestão dos sintomas respiratórios, a gestão de sintomas de stress e ansiedade, os exercícios domiciliários, a gestão da oxigenoterapia de longa duração, a atividade física após recuperação da COVID-19 entre a muita informação disponível. Para o fisioterapeuta estão expostos dezenas de links de conselhos profissionais e administrativos, normas de higiene e de segurança, incluindo ainda um link para as recomendações da Associação Holandesa de Fisioterapeutas.

A Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto era “uma publicação do Grupo de Interesse em Fisioterapia no Desporto da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas” e foi publicada durante oito anos, desde 2007 a 2014, tendo sido publicadas 13 edições. A visita de alguns dos números publicados permite concluir pela qualidade científica que apresentava, num grafismo muito clean e de fácil leitura. O Conselho Editorial era constituído por personalidades experientes no apoio ao desporto, encontrando-se nomes de fisioterapeutas e de médicos de elevada dimensão. O fisioterapeuta Marco Jardim foi o único Diretor da Revista, tendo sido assessorado pelos fts. Raúl Oliveira e José Esteves. Foi pena que tivesse sido descontinuada, pois constituía uma oportunidade de publicação e de investigação realizada pelos fisioterapeutas portugueses, assim como de grande utilidade para a atualização e sistematização de conhecimentos.
O perfil das competências do fisioterapeuta no desporto é definido em secção própria, é baseado no modelo de Bulley et al (2005) e ”surge das recomendações profissionais aprovadas pela International Federation of Sports Physical Therapy”.

Ainda na secção deste grupo de interesse e de trabalho estão publicadas guidelines de tratamentos / atuações em relação às várias articulações corporais, na fase aguda da lesão, nas lesões musculares, na concussão cerebral, no regresso ao jogo e sobre antidopagem. A oportunidade de publicação é excelente, mas haverá certamente necessidade de revisão e de atualização, pois a quase totalidade das guidelines é anterior ao ano de 2014.
A envolvência emocional e a dedicação profissional dos fisioterapeutas são bem claras: “Somos pela nossa profissão, pelos nossos utentes, pela nossa paixão: a fisioterapia. Para ir longe, devemos ir juntos”.

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